Caminhoneiros seguem protestando em ao menos 23 estados e no Distrito Federal, mesmo após decisão do presidente Michel Temer de reduzir o diesel por 60 dias e atender outras reivindicações da categoria.
Entre as medidas anunciadas por Temer, além da redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias, também está a isenção de pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios. "Panelaços" foram ouvidos durante a fala do presidente na noite de domingo.
Entidades que representam caminhoneiros aprovaram as medidas, mas disseram que precisam de tempo para desmobilizar os motoristas parados nas estradas. A Petrobras reduziu o preço da gasolina em 2,8% nesta segunda-feira.
Muitos serviços essenciais continuam restritos por causa da greve; veja a seguir:
Transporte
Confira as capitais com transporte público afetado nesta segunda-feira:
- Aracaju: frota 30% menor
- Belo Horizonte: redução de 50% fora do horário de pico
- Goiânia: frota 15% menor
- Cuiabá: frota 50% menor
- Florianópolis: operação com horários de sábado
- Natal: frota reduzida
- Palmas: frota 5% menor
- Porto Alegre: frota reduzida fora do horário de pico
- Recife: demora nos pontos
- Rio de Janeiro: frota 60% menor (BRT apenas 22%)
- Salvador: frota 40% menor
- São Luís: frota 70% menor
- São Paulo: frota 30% menor (rodízio suspenso)
Os caminhoneiros autônomos seguem bloqueando os acessos ao Porto de Santos, no litoral de São Paulo.
Aeroportos
Na manhã da segunda-feira, ainda estavam sem combustível 8 dos 54 aeroportos administrados pela Infraero. Veja quais são
- São José dos Campos (SP)
- Uberlândia (MG)
- Ilhéus (BA)
- Campina Grande (PB)
- Juazeiro do Norte (CE)
- Aracaju (SE)
- João Pessoa (PB)
- Teresina (PI)
Combustível
O reabastecimento dos postos ainda não foi normalizado. Em diversas cidades pelo país, há filas nas poucas bombas que ainda possuem combustível. Mesmo onde a mobilização foi encerrada, a oferta nos postos deve levar cerca de uma semana para ser normalizada, como em Alagoas.
Educação
Em ao menos 13 estados não há aula nas universidades federais: Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
Não haverá aula na rede estadual de ensino em três estados (Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Sergipe) e também no Distrito Federal.
- São Paulo: USP, Unesp, Unicamp e Unesp suspenderam aulas; Etecs e Fatecs delegaram a cada unidade avaliar se as atividades são mantidas ou não. Veja a situação na região de Piracicaba e na Baixada Santista.
- Paraná: cada setor da UFPR decide se vai parar. Na Universidade Tecnológica Federal todas as aulas estão suspensas, assim como nas unidades da PUC-PR em Curitiba, Londrina, Maringá e Toledo. Veja as demais instituições do estado.
- Maranhão: Ufma, Uema, Ceuma, UNDB, Estácio e Pitágorassuspenderam as aulas.
- Salvador: universidades estaduais e federais cancelaram as aulas, assim como escolas da capital e região metropolitana.
Alimentos
Assim como os combustíveis, os mercados e feiras também devem levar algum tempo para retomar a oferta normal de alimentos nos lugares em que o tráfego já foi liberado.
O abastecimento de carne de aves e suínos pode demorar até dois meses para se normalizar depois que for encerrada a greve.
- Rio de Janeiro: em vez de deixar vazio o setor de frutas e hortaliças, um mercado em Niterói ocupou as prateleiras com café e torradas.
Saúde
- São Paulo: cirurgias eletivas nos hospitais municipais estão adiadas, para guardar insumos para os atendimentos de urgência e emergência. Também está suspensa a remoção de pacientes para exames eletivos e de rotina nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Veja os protestos em cada estado:
- Alagoas
- Amapá
- Bahia
- Ceará
- Distrito Federal
- Espírito Santo
- Goiás
- Maranhão
- Mato Grosso
- Mato Grosso do Sul
- Minas Gerais
- Pará
- Paraíba
- Paraná
- Pernambuco
- Piauí
- Rio de Janeiro
- Rio Grande do Norte
- Rio Grande do Sul
- Roraima
- Santa Catarina
- São Paulo
- Sergipe
- Tocantins
- Fonte: G1
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