Caminhoneiros encaram safra de grãos em família

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É junto do pai, João Maria Palhano, e do irmão, Evandro Palhano, que o caminhoneiro Odair José Palhano enfrenta as estradas do Mato Grosso levando soja e milho de Itiquira e Alto Garças até os terminais ferroviários da Malha Norte, em Rondonópolis.


São 150 quilômetros de viagem —uma distância bem curta quando comparada à média da atividade, que chega a rodar mais de 9 mil quilômetros por mês, segundo levantamento da Confederação Nacional do Transporte de 2019.


—Antigamente, a pessoa tinha um caminhão e conseguia dar estudo para o filho. Hoje, o caminhão, eu diria que custa aí uns 70% do lucro. A margem é muito pequena — diz o caminhoneiro.


Ele, assim como pai e o irmão, adota a estratégia de fazer viagens na própria região, para diminuir os riscos que poderiam comprometer o retorno financeiro.


O nome de artista, Odair José ganhou em homenagem ao cantor goiano — de quem ele prontamente lembra a letra do principal sucesso: Pare de tomar a pílula, censurada pelo regime militar numa época em que o motorista ainda não tinha nascido.


—Para o autônomo, hoje, o mais viável são viagens curtas, porque, se ele sai daqui com uma viagem longa e com a margem pequena, se houver qualquer dificuldade, ele pode ficar na estrada. É melhor trabalhar numa distância curta perto de casa e do socorro — diz Palhano, que já chegou a ficar três meses longe, percorrendo rotas até São Paulo e Paraná.




Fonte: O Globo

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