Caminhoneiros querem os culpados na cadeia

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Carreata de protesto terminou no local onde Eduardo Ramos foi esfaqueado

“O amor não desaparece jamais. Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo. Me deem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo, como vocês sempre fizeram...”
O texto lido pela agente comunitária Tatiana Rodrigues Ramos, 42 anos, na tarde de sábado, foi uma homenagem ao marido Eduardo Ramos, 43 anos, que foi assassinato após uma discussão boba de trânsito, no bairro Cordeiros.
Tatiana e os três filhos se emocionaram e emocionaram a todos que participaram da homenagem, que também foi um protesto. O sobrinho Bruno Cipriani, 18, contou que 80 caminhões participaram da manifestação.
A carreata saiu de frente da Klabin, na avenida Reinaldo Schmithausen, no bairro Cordeiros, por volta das 15h30. De lá, passou pela rua Gustavo Benedt, seguiu pela ponte Wilson Kleinubing e avenida Campos Novos, no bairro São Vicente. Depois, retornou pela avenida Adolfo Konder até a rua Estefano José Vanolli, e de lá seguiu até o ponto da homenagem.
O caminhão de Eduardo foi o primeiro da fila. Um amigo dirigiu o baita, que levava Tatiana e os filhos. “Tivemos mais participação de caminhoneiros do que o esperado,” disse Bruno.
A manifestação reforçou o desejo de justiça da família e de amigos. Eles não querem que Conceição Neves da Silva Costa, 53, que matou Eduardo com uma facada pelas costas, espere o julgamento em liberdade. O advogado dela entrou com um pedido de liberdade, mas o habeas corpus ainda não foi julgado e ela continua na prisão.
Morto pelas costasNo dia 8 de março, Eduardo estava indo para o velório do avô da esposa quando pediu para Edoir Borges, 62, dar uma ré no carro, pois ele não conseguia fazer uma curva com o caminhão e precisava que o outro veículo saísse do caminho.
Edoir foi pra cima do caminhoneiro com um porrete. Já Conceição, que estava no carro, apareceu com uma faca e acertou Eduardo pelas costas. O caminhoneiro morreu ao dar entrada no pronto-socorro do hospital Marieta.
Conceição e Edoir apanharam do povão e foram presos pela PM. Ela foi autuada em flagrante por assassinato qualificado, Edoir foi ouvido e liberado.

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