Metalúrgicos na Scania entraram em greve nesta segunda

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Os trabalhadores na Scania iniciaram movimento de greve e paralisaram a produção na unidade de São Bernardo a partir da manhã desta segunda-feira (17/10). A cada dia, um setor da fábrica será paralisado. A decisão foi tomada em assembleia após os metalúrgicos rejeitarem a proposta de reajuste salarial apresentada pela empresa.
A montadora sinalizou reajuste de 5% neste ano, manutenção de emprego por 12 meses, reposição da inflação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em 2017 e um adicional, caso a produção atinja ou supere 16 mil unidades de caminhões e ônibus no ano, de 0,5% a cada mil unidades produzidas. Para este ano, o volume de produção anual da fábrica é de 14 mil produtos.

Entre os itens reivindicados pela categoria está a reposição da inflação de 9,62% ainda neste ano. A data base da categoria metalúrgica é 1° de setembro. De acordo com o coordenador do comitê sindical do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Regis Guedes, os trabalhadores estão sendo orientados a comparecer à empresa diariamente, mas a produção será paralisada por área. "Faremos uma greve estratégica, paralisando a cada dia um setor diferente”, explicou.
Por meio de nota, a Scania informou que “lamenta a paralisação dos trabalhadores, visto que a greve traz prejuízos para todos os lados. A empresa ressalta, porém, que a proposta apresentada foi a melhor possível considerando o cenário de queda de volumes que começou em 2014 e agravado, mais recentemente, pelo momento difícil da economia no país”.

NEGOCIAÇÕES

Esta foi a segunda proposta apresentada pela empresa, sendo que a primeira feita no final de setembro oferecia 4% de reajuste a ser incorporado a partir de fevereiro de 2017. Em resposta, os trabalhadores recusaram e paralisaram as atividades por 24 horas no dia 22 de setembro. Sem negociação, a categoria entregou aviso de greve na última terça-feira (11/10).
Entre as montadoras da base, somente na Scania a campanha salarial ainda está em negociação. Nas demais, o reajuste deste ano já está previsto em acordos firmados anteriormente, com validade para mais de um ano. Ao todo Scania tem hoje 3.200 trabalhadores, sendo cerca de 2 mil na produção.
Fonte: ABCD Maior

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