Há cerca de um mês mais de 5 mil caminhões estão atolados em estrada que liga Mato Grosso e Pará

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Em razão do gigantesco atoleiro que se formou por causa das fortes chuvas na região, mais de cinco mil caminhões estão impedidos de seguir viagem pela rodovia BR 163 que liga o Mato Grosso ao porto de Miritituba no Pará, um dos mais importantes do País para o escoamento da soja.

Motoristas, muitos dos quais acompanhados de esposas e filhos pequenos, estão enfrentando grandes dificuldades, usando até mesmo água da chuva para tomar banho e cozinhar. A situação já dura cerca de trinta dias. São 50 quilômetros de congestionamento, entre os municípios de Três Boeiros e Caracol /PA.

Segundo Miguel Antônio Mendes, Diretor Executivo da ATC – Associação Brasileira dos Transportadores de Cargas do Mato Grosso, “entre os municípios de Guarantã do Norte e os terminais de Mirituba são 700km, dos quais 150 quilômetros sem asfalto; mesmo onde está asfaltado existem pontes de madeira que ameaçam cair”.


A economia também já está sendo fortemente afetada. Estima-se um prejuízo diário de 400 mil dólares, sem contar com outras perdas indiretas e potenciais. Em nota, a Abiove, Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, diz que “caso a BR-163 continue intransitável, os danos serão irrecuperáveis para o Brasil.”

O Exército promete intervir na situaação e liberar o fluxo de carga até o dia três de março. Para José Hélio Fernandes, presidente da NTC, "esta é uma mostra da triste situação das rodovias brasileiras. Já era lamentável antes; agora em estado crítico de crise econômica, é simplesmente inaceitável. É ótimo que o Exército se envolva neste momento de emergência, mas isso é um paliativo. Quem tem que resolver essa questão de vez são as autoridades federais, sendo mais ágeis, seja com recursos próprios da União, seja através de parcerias público-privadas. O que não dá é para continuarmos assim, causando condições indignas para os profissionais das estradas, seja sangrando ainda mais, desnecessariamente, a economia brasileira, já grave o suficiente para precisar da ajuda de uma infraestrutura caindo aos pedaços."


Fonte: NTC&Logística

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