Transportadoras manterão pé no freio em 2017

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O setor de transporte sofreu forte impacto das crises econômica e política. A percepção é de 795 empresas brasileiras transportadoras de cargas e passageiros que participaram da Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2016, divulgada segunda-feira, 28, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). 

Uma das dificuldades apontadas é o acesso ao crédito para a aquisição de novos veículos. Das empresas entrevistadas, 63,7% não adquiriram veículos em 2016 e 44,6% não pretendem adquiri-los em 2017. 

O setor demitiu 52,4 mil trabalhadores de dezembro de 2015 a setembro de 2016. O quadro de funcionários previsto para 2017 será reduzido por 58,1% das empresas, enquanto 30% devem contratar novos trabalhadores. O texto da pesquisa revela: “A recuperação do emprego é mais lenta que a da receita em todos os setores da economia após uma crise como a atual.” 

A sondagem mostra que mais da metade (60%) das empresas de transporte sofreram diminuição da receita em 2016 e 58,8% precisaram reduzir o número de viagens. De acordo com a pesquisa, o aumento do custo operacional é um dos problemas enfrentados por 74,6% dos entrevistados. 

Para 90,7% dos empresários ouvidos, a crise política os afetou negativamente. Apesar de 53% dos empresários manifestarem aumento da confiança na gestão econômica atual, praticamente metade deles (49,3%) acredita que a retomada do crescimento da economia só será percebida em 2018. Apenas 23,7% dos empresários esperam resultados melhores ainda para o ano que vem, otimismo considerado “moderado” pela sondagem.


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