Caminhões continuam sem indício de melhora

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O mercado de caminhões permanece inconstante, sem indícios precisos de retomada das vendas. O mês de novembro teve 3,8 mil unidades licenciadas, registrando uma alta de 10,3% incapaz de animar os fabricantes do setor.

“O número de emplacamentos vem sendo baixo e qualquer quantidade extra causa uma variação porcentual elevada”, afirma Marco Saltini, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). 



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O melhor desempenho no mês foi dos pesados, com 1,1 mil licenciamentos e alta de 33,5%. No acumulado do ano o setor de caminhões registra 46,1 mil unidades lacradas, uma queda de 30,2% ante o mesmo período de 2015. “A média mensal este ano vem muito baixa, com apenas 4,2 mil caminhões”, diz Saltini. Ele recorda que alguns fabricantes esperam crescimento de 10% a 20% para o ano que vem, mas só acredita que isso ocorrerá se o governo realmente adotar as medidas de ajuste necessárias. 

A produção em novembro alcançou 5,4 mil caminhões, anotando alta de 15,7% sobre outubro, mas o acumulado do ano revela 56,4 mil unidades e forte queda de 21,1% em relação aos mesmos 11 meses de 2015. O melhor desempenho ocorre para os semileves, com pouco mais de 2 mil unidades no ano e alta de 17,8% sobre igual período de 2015. Os pesados somam o maior volume no acumulado (19,7 mil caminhões) e também a menor queda, de 1,9%.

As exportações em novembro somaram 2,2 mil caminhões, alta de 33,6% sobre outubro. No acumulado do ano foram 19,1 mil unidades, com pequena queda de 4,3% ante 2015. “Acredito em crescimento das exportações no ano que vem, mas volto a lembrar que este é um segmento complexo, que envolve treinamento de mecânicos, peças de reposição disponíveis e rede de revendas”, afirma. Ele recorda que a indústria quer aumentar as exportações, mas não só como alternativa ao mercado interno. 

VIDA DURA TAMBÉM PARA ÔNIBUS

Em novembro o setor de ônibus teve 610 licenciamentos e registrou pequena alta de 4,5% sobre outubro. No acumulado do ano o País emplacou apenas 10,5 mil unidades, registrando queda de 32,3%. “O momento que vivemos é delicado, o setor fechará o ano com cerca de 11 mil ônibus. É um número muito baixo”, recorda Saltini. O volume atual de vendas retrocedeu a 1986. 

Licitações para o transporte de passageiros são aguardadas para 2017, mas os fabricantes aguardam as decisões dos prefeitos eleitos, que começam a discutir possíveis reajustes de tarifas: “É preciso saber como isso vai refletir na venda de ônibus”, recorda Saltini. 

A produção em novembro teve 1,6 mil unidades e pequena queda de 3,5% ante outubro. No acumulado do ano, com 17,7 mil ônibus, a retração foi de 15,4%. As exportações continuam ajudando o setor, que embarcou de janeiro a novembro 8,8 mil unidades e anotou o maior crescimento de todos os segmentos, 34,6% sobre igual período de 2015. O maior volume exportado no ano foi de modelos urbanos, 5,5 mil unidades e alta de 62,1%. 


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